e assim por querer-te os peitos

projeto tetas - brenda nantes
pagarei mesmo assim
– ainda que não queiras.
pouco valem estes tostões – quero teus peitos
e lançarei mão de tudo para vê-los cair de onde estão.
            não há vantagem alguma em ganhar dinheiro
derramar da graça o pão dormido; quebrar o queixume
morno que atarraca as ventas dos desvanecidos.
            – quero teus peitos: mornos ou frios
assim como estão ao surgir do dia – enrugados de si mesmos
cheirando à noite mal dormida.
            eu sei que pesaste o sono e agora tua carteira grita,
            que não há honra em vender-se em partes,
            mas para que serve a vida se não para o comércio?
            e as margaridas que de tanto esperar morreram no cio dos conventos esperando os assaltos?
não há como dizer não aos meus réis furados, não são eles os determinantes, é minha calça que se alterna nesta resistência
e sua mão que por magra saliva apalpa-me a vida como um transatlântico.
– eu sei que não quer, mas pegue e vamos dormir.

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